A criação de uma estratégia inovadora é fundamental para a diferenciação de qualquer organização neste mundo atual, cada vez mais competitivo e integrado com “opções mil” à disposição para quem quer e pode ousar, inovar, competir e sair da zona de conforto.
O Planejamento Estratégico, que na sua
essência consiste em definir aonde se quer chegar (ampliar o mercado, melhorar
a rentabilidade, etc.), diagnosticar onde se está e como alavancar os objetivos
traçados, é uma ferramenta poderosa se feito com a participação não só dos
gestores, mas também de quem vai executá-lo. Com ele, fica mais fácil buscar
soluções, montar um plano de ação compartilhado, com indicadores, prazos e
responsáveis pelas ações. O processo participativo melhora a qualidade da
formulação que junto com um acompanhamento sistemático resulta numa maior taxa
de execução do que foi planejado.
Os gestores dos escritórios de advocacia estão
atormentados por perguntas do tipo:
· Como conquistar mercado?
· Como encontrar soluções para os
problemas do dia a dia?
· Como reter os talentos?
· Como implantar a meritocracia na
organização?
· Como estimular os colaboradores a
terem uma visão integrada da organização para pensarem como intrapreneurs?
Entre outras
perguntas da governança corporativa.
Até os escritórios de advocacia que se preocupam com a estratégia
dos clientes sem a visão fragmentada de pensar só na próxima causa,
freqüentemente se esquecem de pensar na sua própria estratégia ou talvez
pensem que para elas não é necessário, levando em muitos casos a um desgaste
com seus integrantes e até entre os sócios. Esses desgastes internos
representam um “luxo” caro em tempos de clientes cada vez mais preocupados com
a relação custo/beneficio de seus investimentos, com a eficiência e a eficácia,
com a conquista de novos clientes e novos mercados.
Um formato
de planejamento estratégico inovador é se dividir o planejamento estratégico em
duas partes: o planejamento estratégico empresarial e o planejamento societário
integrado. O planejamento estratégico empresarial, que precisa ir além da
estratégia atual, da visão dos gestores, além da zona de conforto da
organização, do modelo de negócio, vai levantar as tendências de mercado e suas
oportunidades, definir objetivos mensuráveis, fazer um diagnóstico da situação
atual interna e externamente e, por fim, montar um plano de ação que tire
proveito da inteligência coletiva e que comprometa todos com os resultados. Já
o planejamento estratégico societário integrado por sua vez é dividido no planejamento
da sociedade e no dos sócios e passa por um roteiro semelhante ao empresarial.
O diferencial é justamente a combinação dos três contextos (pessoal, societário
e empresarial) que tem o potencial de gerar um salto quântico na formulação e
posteriormente na execução do plano de ação que é um desafio para quase todas
as organizações. Saber o que se quer e o que não se quer e como se quer atingir
isto nos três níveis supramencionados é de grande importância para que os
sócios comecem a trabalhar de forma mais produtiva no contexto pessoal e no da
governança, passando a tirar mais proveitos de suas diferenças.
Os escritórios de advocacia que têm um
privilegiado banco de cabeças (os chamados “brain
tank”) precisam aprender a tirar mais proveito das diferenças dos seus
integrantes e sócios, precisam entender que planejar é também criar. Enfim,
precisam aprender a tirar mais proveito do que elas já têm dentro de casa para
oferecer novos serviços alinhados com as tendências de mercado.